Viver em condomínio é, cada vez mais um exercício de altruísmo, boa vontade e desprendimento. Se a vida fora das quatro paredes do empreendimento residencial está caótica, com cada um pensando exclusivamente em si, sem preocupar-se com o próximo mais próximo, o que se dirá da vida em comunidade condominial, onde, vem-se notando uma crescente reprodução destes péssimos hábitos de relacionamento humano? Com um agravante, o mal educado, egoísta, egocêntrico e por vezes grosseiro vizinho de porta, acha que, por estar “em casa” faz o que quer e os outros que se adaptem ou mudem.
Nada mais equivocado e desatualizado. Cada vez mais as relações humanas, estão sendo direcionadas para o bom senso, sensatez, inteligência emocional e espírito de coletividade. Ideias que se pregam no mundo inteiro, como ideário da razão humana.
De forma, que não há mais espaço, ou pelo menos o cerco vem se fechando, em relação ao mal vizinho. A aprovação do artigo 1337 e parágrafo do Código Civil foi um grande avanço e divisor de águas neste sentido, já que textualmente prevê a penalização do condômino antissocial, ainda que, com conceito indefinido sobre o que seria considerado comportamento antissocial.
Opera, entretanto, entre a sociedade condominial uma regra a mais, que tem como escopo final proteger esse microcosmo de abusos, violências, arbitrariedades, e toda sorte de distorções sociais.
Porém o mais importante para tornar a vida condominial aceitável, não está previsto em lei, ou necessariamente trata-se de norma coercitiva para obrigar o condômino, chama-se tal ferramenta de bem estar de bom senso e harmonia! Com tais predicados na vida de uma dada parcela da comunidade condominial, seus efeitos hão de ser sentidos pelos demais e, propagar-se como um vírus, só que do bem!
Já dizia o poeta que gentileza, gera gentileza e assim propaga-se a ideia.
Assim da próxima vez que encontrar um vizinho, ainda que este não lhe cumprimente ao entrar no elevador, encontrá-lo na garagem do prédio, na entrada social, no hall do andar, dirija-lhe uma amável sorriso e cumprimente-o, certamente irá surpreendê-lo e induzi-lo a mesma reação. Quando incomodar-se com o barulho do apartamento de cima, ou do lado, ao invés de sonoramente chamar a portaria pelo interfone para reclamar ou conduzir a queixa no livro de registro de ocorrência do prédio, visite seu vizinho e convide-o para um café, um bate-papo, amável e cordial, verá como tal postura gerará bons frutos para ambos.
Ao verificar que seu vizinho de vaga estacionou ocupando parte de sua vaga, dificultando, em tese, sua manobra de entrada ou saída, vá até seu apartamento e ofereça-se, para se o caso, manobrar o veículo para realinhá-lo a vaga, faça-o com gentileza e sinceridade na voz, verá como irá se surpreender com a reação dele, certamente amigável.
Ao elaborar uma festa ou reunião familiar no salão de festas, se puder, convide seus vizinhos de porta do andar a participar, trata-se de um gesto delicado e educado ao mesmo tempo, atrairá, com muita certeza a simpatia das pessoas a sua volta.
Enfim, são pequenas medidas que se mostram mais do que úteis, para tornar a vida em condomínio mais prazerosa, amigável, familiar, trazendo harmonia para todos e felicidade geral, afinal, este é o propósito da vida, não? Pense nisso!
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